Tríduo Pascal: o coração da fé celebrado no Santuário Senhor dos Passos
- Santuário Senhor dos Passos

- 24 de abr.
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O Tríduo Pascal, ponto mais alto de todo o Ano Litúrgico, foi vivenciado intensamente pelo povo de Deus no Santuário Senhor dos Passos, em Feira de Santana. Ao longo de três dias sagrados — Quinta-feira Santa, Sexta-feira da Paixão e Vigília Pascal — a comunidade mergulhou no mistério da paixão, morte e ressurreição de Cristo, acompanhando cada gesto, símbolo e palavra com profunda reverência e fé.
Com celebrações ricas em espiritualidade, conduzidas pelo Padre Júlio César e demais membros do clero, o Santuário se tornou um verdadeiro Cenáculo, Calvário e Jardim da Ressurreição, acolhendo os fiéis em cada etapa desse caminho pascal. A beleza das liturgias, o silêncio reverente, os cantos solenes e os momentos de oração marcaram essa travessia que culmina na vitória da Vida sobre a morte.
Neste artigo, relembramos cada passo dessa caminhada de fé vivida por nossa comunidade. Confira a seguir os principais momentos do Tríduo Pascal no Santuário Senhor dos Passos.
Ceia do Senhor
O povo de Deus reunido no Santuário, como no Cenáculo, revivendo o que aconteceu na última Ceia, quando Jesus instituiu a Eucaristia, o Sacerdócio e o Mandamento Maior.
Em sua homilia, Padre Júlio destacou o vínculo intrínseco entre essas três dádivas instituídas por Jesus, quando já se preparava para a morte, e chama atenção para o gesto de Jesus ao lavar os pés dos discípulos, dizendo que a humildade e o serviço devem permear o nosso modo de viver.
Ao final, o altar foi desnudado, as velas apagadas e recolhidas as flores. O Sacrário ficou aberto, Jesus não permanece lá esta noite, ficando exposto em um local para adoração, que aconteceu até a meia-noite. A celebração não terminou, devendo prosseguir até o sábado. É o tríduo pascal.
Passa a procissão do fogaréu, com parada na porta do santuário, sob o toque da matraca e o cântico do “Senhor Deus”, representando a noite em que Jesus foi preso e secretamente julgado.
Sexta-feira Santa: Paixão do Senhor
Os fiéis retornaram ao Santuário. Altares desnudados, igreja em silêncio. O presidente da celebração, Padre Júlio César, entra e se prostra diante do altar, expressando a convicção do seu nada perante a Majestade Divina.
Segue-se a liturgia da palavra, a oração Universal, o rito da comunhão e a reverência à Santa Cruz.
Em sua homilia, Padre Júlio recordou que Cristo foi para a cruz por uma decisão sua. Ele doou Sua vida por obediência ao Pai e citou os dois motivos que foram observados para a condenação de Jesus: o religioso (blasfêmia) e o político (se declarar Rei). Diante de tudo que se ouviu na narrativa da Paixão, ele refletiu sobre a VERDADE de Deus que se encarnou e prosseguiu até o fim para salvar a humanidade e deixou a indagação: O que é a verdade?
Após a celebração, os fiéis acompanharam a procissão do Senhor morto que chegou da Catedral Metropolitana.
A igreja continua em silêncio. Cristo está morto. Noite de trevas.
Sábado Santo: Vigília Pascal
Após um dia de luto e solidão, o altar ainda despojado e as imagens cobertas, chega o momento da celebração da Vigília Pascal. O povo se reúne na penumbra, até que a liturgia da Luz, com a benção do fogo, acende a chama do Círio Pascal, que vai alimentando as velas de todos os fiéis e o que antes era treva, converte-se em Luz, para recordar que Cristo ressuscitado é a Luz do mundo.
A celebração é composta por quatro partes: Liturgia da Luz, Liturgia da Palavra, Liturgia Batismal e Liturgia Eucarística.
Ao canto do Glória, o sino toca, o altar é adornado, as luzes são acesas, flores são colocadas e as imagens descobertas.
No Santuário Senhor dos Passos, a missa foi presidida pelo Padre Júlio César, com a participação do Padre Joel e do Diácono Barros, e aconteceu o batismo de oito jovens catecúmenos, preparados pela Pastoral Catequética. Um momento de muita unção, quando também a assembleia renova suas promessas batismais.
Na Capela da Piedade, também completamente lotada de fiéis, a celebração foi presidida pelo Padre Clebson Santana. Com seu jeito suave e de profundo conhecimento litúrgico, a Vigília Pascal foi de grande riqueza espiritual, acontecendo verdadeiramente o que se costuma denominar a "mãe de todas as vigílias".
Encerrou o Tríduo Pascal. A missa, iniciada na quinta-feira santa, foi concluída no sábado da vigília Pascal.
Marilene Carneiro
Pascom Paroquial
Fotos | Michell Santos























































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